Que vergonha! Mais de três meses sem dizer nada... Mas também só agora é que está a chegar ao rubro da época dos cogumelos de Outono.
No fim de semana passado, fui revisitar as minhas origens e os meus parentes afastados e afins, que optaram por ficar - a minha mãe, duas irmãs e uma tia. Parentes afastados na geografia residencial, já se vê.
Era o sábado que em dia de finados levou da diáspora até Castelo Branco gente que passou comigo a meninice vivida nos extremos transmontanos, partilhada com a felicidade de a poder saborear ao ritmo lento do tempo, a que sobravam sempre horas que se liam na sombra que as casas e as coisas iam enigmaticamente desenhando na calçada da rua. Ou nas estrelas, ou nas badaladas do sino, ou no som do búzio, ou apenas na intuição que a fome ou o sono sugeriam.
Gente com rosto e nomes que nos lembram, gente com feições que nos fazem lembrar, gente que troca connosco simpáticos cumprimentos e enigmáticos olhares, e silenciosamente, sorridentemente nos deixa a dúvida - quem será?...
Foi a emoção real de rever também os que ali ficaram e hoje resistem ainda para recontar a estória daquela vez... e a outra e a outra, e as outras todas que ficaram por contar, que vamos relembrando enquanto nos afastamos, e que enchem de juventude a vida que parece ter sido ontem, e já lá vai... sabe-o Deus e nós o quanto tempo.
Foi bom, muito bom ter ali regressado, um ano atribulado por muitas aventuras, desventuras, doenças e curas depois.
Falámos de cogumelos com os entendidos locais - os Róculos (macrolepiota procera), já passou o tempo, já não há, as Sanchas (lactarius deliciosus), há quem já as comesse este ano, estão a aparecer, e os míscaros (boletus edulis), esses apanham-nos todos, nem se vêem... Entendemos, entendemos, ao preço que se vendem, há que mostrar indiferença...
A uma semana do congresso da Pantorra, perfilam-se as perspectivas da saída de campo, que devem ser boas - o tempo está de feição, e no fim de semana, lá estaremos de novo em Mogadouro (se esta gripalhada olímpica que de lá trouxe, entretanto se for embora).
Será tempo de rever os mico-companheiros e de partilhar os momentos que nos fazem esperar mais um ano para que voltem a acontecer. Só por isso, já é bom. Muito bom.
Para os interessados, fica aqui o programa que a Tereza recolheu, gentilmente cedido pelo tampo de uma mesa que estava não sei onde. Este ano, parece que esgotaram os envelopes e os selos para os enviar aos sócios. Sinais de crise, em tempo de crise...
No fim de semana passado, fui revisitar as minhas origens e os meus parentes afastados e afins, que optaram por ficar - a minha mãe, duas irmãs e uma tia. Parentes afastados na geografia residencial, já se vê.
Era o sábado que em dia de finados levou da diáspora até Castelo Branco gente que passou comigo a meninice vivida nos extremos transmontanos, partilhada com a felicidade de a poder saborear ao ritmo lento do tempo, a que sobravam sempre horas que se liam na sombra que as casas e as coisas iam enigmaticamente desenhando na calçada da rua. Ou nas estrelas, ou nas badaladas do sino, ou no som do búzio, ou apenas na intuição que a fome ou o sono sugeriam.
Gente com rosto e nomes que nos lembram, gente com feições que nos fazem lembrar, gente que troca connosco simpáticos cumprimentos e enigmáticos olhares, e silenciosamente, sorridentemente nos deixa a dúvida - quem será?...
Foi a emoção real de rever também os que ali ficaram e hoje resistem ainda para recontar a estória daquela vez... e a outra e a outra, e as outras todas que ficaram por contar, que vamos relembrando enquanto nos afastamos, e que enchem de juventude a vida que parece ter sido ontem, e já lá vai... sabe-o Deus e nós o quanto tempo.
Foi bom, muito bom ter ali regressado, um ano atribulado por muitas aventuras, desventuras, doenças e curas depois.
Falámos de cogumelos com os entendidos locais - os Róculos (macrolepiota procera), já passou o tempo, já não há, as Sanchas (lactarius deliciosus), há quem já as comesse este ano, estão a aparecer, e os míscaros (boletus edulis), esses apanham-nos todos, nem se vêem... Entendemos, entendemos, ao preço que se vendem, há que mostrar indiferença...
A uma semana do congresso da Pantorra, perfilam-se as perspectivas da saída de campo, que devem ser boas - o tempo está de feição, e no fim de semana, lá estaremos de novo em Mogadouro (se esta gripalhada olímpica que de lá trouxe, entretanto se for embora).
Será tempo de rever os mico-companheiros e de partilhar os momentos que nos fazem esperar mais um ano para que voltem a acontecer. Só por isso, já é bom. Muito bom.
Para os interessados, fica aqui o programa que a Tereza recolheu, gentilmente cedido pelo tampo de uma mesa que estava não sei onde. Este ano, parece que esgotaram os envelopes e os selos para os enviar aos sócios. Sinais de crise, em tempo de crise...
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